sábado, 19 de maio de 2012

EX DIGITO GIGAS

No passado dia 12 de Maio fui para a Feira do Livro de Lisboa onde andei a distribuir marcadores alusivos a "Um Cappuccino Vermelho" - a propósito, já tem o seu exemplar? - e onde tive a oportunidade, e o prazer, de conhecer e trocar algumas palavras com o escritor, investigador e realizador António de Macedo. O tempo não deixou que tivéssemos uma conversa muito demorada, mas chegou para eu lhe oferecer um exemplar do meu livro.
Ontem, recebi o feedback.
"Meu caro Joel Gomes: já li o seu livro e devo dizer que fiquei agradavelmente impressionado. Gostei do seu estilo directo e da sua verve literária, com bom ritmo e diálogos trepidantes, sem demoras inúteis nem truques suspensivos exagerados. De uma forma geral está bem construído, embora haja pontos em que o factor "previsibilidade" se faça sentir. De uma forma geral, é um bom começo para um primeiro romance - como diz o provérbio latino, ex digito gigas, pelo dedo se conhece o gigante -, com boa implantação de cenários e de sucessão de eventos, nota-se a experiência de visualização de um guionista (...)."António de Macedo
O melhor de tudo isto é que a parte mais enriquecedora da longa mensagem que o António de Macedo me enviou nem sequer é aquela que reproduzi aqui. Sim, é bastante elogiosa e fiquei algo "babado", mas o fruto mais doce proveio das palavras mais críticas. É verdade. Fui chamado à atenção em relação a alguns descuidos que tive com certas matérias. Descuidos esses dos quais, em parte, eu estava ciente, e que o António de Macedo teve o cuidado, não só de apontar, como também de explicar em que é que errei e como deveria ter feito.

Já o disse várias vezes e torno a dizê-lo: as palavras positivas fazem bem ao ego e motivam-nos a continuar, mas são estas chamadas de atenção para corrigir o que está errado que nos fazem melhorar enquanto autores. Seguir em frente sem melhorar em nada é o equivalente ao andar do caranguejo: por muito que se esforce não consegue atravessar a linha.
Também já o disse em privado, mas agora digo-o publicamente: muito e muito obrigado, caro António.

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